quarta-feira, 25 de setembro de 2013


AMOR EM QUATRO ESTAÇÕES
Levantei-me com a primavera batendo em minha porta.
Um arco-íris de cores e o perfume da felicidade.
Os dias eram festas, as noites prolongadas.
Era a primavera! A estação mais bela.
 
E eu, criança adolescente,
Na certeza que tudo era eterno,
Sorvia cada momento devagar, sem liberdade.
Inebriava-me com palavras doces, sem maldade.
Estava me despertando para o amor.
Como o desabrochar de uma flor. 
 
 Mas, um dia, a minha primavera se despediu,
Meu amor infantil se esvaiu. Partiu.
Tudo era dissabor
como o fim de um grande amor.
 
 O verão surgiu pungente,
E o meu coração, eterno adolescente,
Procurou no sol, na poesia, o amor de verão
E viveu a ilusão, o imaginário, a fantasia.
O verão trouxe o sol, o rigor da juventude,
A expectativa de amanhã.
Nada mais abalaria minha história,
Tinha chegado minha hora.
 
Entreguei-me de alma, com pudor.
Era somente o despertar do amor.
 Tudo era alegria, quimera,
Era um verão com gosto de primavera.
 
 Mas, um dia, esse amor também partiu,
O amor de verão foi de curta duração.
Por que partiu? Ninguém soube; ninguém viu.
Mas não deixou tristeza no meu coração
 
 Amor primavera, amor verão,
Coisas do coração!
  
 O outono chegou
E, novamente o amor apareceu
Agora com o viço da maturidade
A ventania e a leve brisa saudaram o novo dia,
E um quê de ternura e nostalgia
As noites enluaradas e frescor das madrugadas
Inebriaram o meu coração de alegria.
 
E o amor apareceu sem a ingenuidade da criança,
Sem a urgência adolescente,
Mas com a verdade do amor verdadeiro.
Naquele momento, tudo ficou mais claro,
Fácil de ver a primavera e o verão,
No outono, acontecer.
 
Pois o amor, a seiva da vida, estava plantado,
Cultivado no limiar do tempo, no encantamento.
E assim resistiu ao tempo, ao balançar do vento.
Sem dissabores ou ressentimentos.
 
Tudo é alegria, quimera,
Como um dia de primavera.
 
 O inverno será bem vindo, o ontem foi lindo,
E, mesmo com o frio e o orvalho da noite, serei feliz
Aquecendo o meu coração terno,
Nesses dias de inverno. 
 
Tudo será sempre alegria, quimera
No inverno com gosto de primavera.
 
Assim, percebi que os ciclos da vida vêm e vão
Retornando sempre ao ponto de partida: ao coração
E a vida será sempre de alegria, quimera
E os dias terão gosto de primavera.

 

Tempo de Primavera


Primavera

 A Primavera é a estação do recomeço. É o momento que renascemos com a esperança de dias melhores. Na verdade, o ano, em minha opinião, deveria começar com a primavera, pois é neste momento que as flores nascem e tudo fica mais bonito. É como se o branco frio do inverno se colorisse com as mais variadas cores, o “cinza” do outono se dissipasse junto com nossas tristezas e o calor sufocante e ansioso do verão se tornasse mais ameno.

A alegria da Primavera nos abre portas e janelas para um novo amanhecer. É o vento benfazejo da esperança soprando vagarosamente e nos enchendo de vida. Vida luz!  Primavera!

Viver a Primavera é nascer de novo. É retirar tudo que está a mais, tudo o que nos sufoca; retirar a couraça, o peso que colocamos nos ombros durante os dias frios. É tomar a água cristalina que nos faltou durante o calor dos dias em que tudo era urgente e necessário. É buscar o equilíbrio e se satisfazer com o que foi conquistado.

Sendo assim, a primavera que é a estação do começo, da vida criança, será também a estação da maturidade onde tudo é recomeço, deixando de lado o calor juvenil do verão, sufocado com as decepções do outono e o findar dos sonhos no frio inverno.  

Viver a primavera é viver com alegria. Alegria pela vida. Mais do que tudo, é a época de agradecer Àquele que nos proporcionou tudo o que somos e que está sempre pronto a nos dar uma nova chance. Ele que é Pai e Senhor. Deus!