domingo, 17 de fevereiro de 2013

É o amor!


É o amor!

Quando o coração pára,
O olhar chama a atenção
A boca não emiti nenhum som...
Paralisou a vida, paralisou a hora?
Surgiu uma nova história.
O encanto aconteceu...
O amor então nasceu...

É rápido, fugaz, estonteante
E nada mais será o que era antes.
A vida virou às avessas, com a pressa
De quem tem muito a viver.
Por isso o coração dispara, o olhar pára,
A boca não emite som.

Quando tudo paralisa, nada sai do lugar
Aconteceu o encanto, o amor a primeira vista,
A conquista
E você não mais será apenas um,
Serão dois, ou três
A vida ditará a sua história,

Ainda é tempo de dizer adeus!


AINDA É TEMPO PRA DIZER ADEUS

            Nós nunca tínhamos perdido alguém tão próximo há muito tempo e não tínhamos noção da dor que é perder uma pessoa que é parte de você. Na verdade que é responsável diretamente pela sua vida. É um vazio, sensação de árvore arrancada do solo onde seus galhos ficam sem a seiva que vem da raiz. A seiva não pode mais ser retirada da terra e isso é como o oxigênio faltando aos nossos pulmões. Aí falta o ar. Falta o alimento da vida. E você morre um pouco também.
            Acho que todos nós experimentamos um pouco disso. Um de maneira diferente de outro: uns sem acreditar, sem querer olhar; outro chorando sem consolo. Mas a dor interior é a mesma. É o vazio, a falta de...
            E assim foi quando meu pai, Seu João, partiu... Nossa mãe, dona Lídia, parecia não acreditar porque ele nunca ficava doente. Ninguém acreditava que ele tinha acabado sua jornada na terra, mas tinha chegado sua hora.
            Quem foi Seu João, como carinhosamente era chamado? Um homem simples que muito jovem teve o encargo de sustentar sua família. Família esta que ia crescendo com o passar dos anos: esposa, dez filhos, 23 netos e 07 bisnetos e a eles se juntaram as noras, os genros, os netos casados com as netas e vice-versa. Esse número só aumentava. Era essa família enorme que lhe causava orgulho e todos eram bem recebidos em sua casa simples que teimava em não reformar. “Uma grande Família”.
            Era um homem de caráter. Não aceitava coisas que, em sua opinião, eram erradas. Ele nunca esperou recompensas porque entendia que fazer as coisas certas era o mínimo que alguém podia esperar. Quando mais jovem, teve um temperamento forte e uma teimosia exacerbada. Não gostava de ser contrariado. Exigia obediência dos filhos. As dificuldades da vida lhe tiraram a ternura. Quantas vezes choramos por não podermos viver a nossa história de adolescente. A falta de diálogo fazia parte de nosso dia a dia, mas com o tempo compreendemos que fazia parte da educação da época e era a forma que encontrou para disciplinar os filhos: os horários rígidos, o controle severo. Quantas vezes esta educação foi questionada por nós, mas nunca questionamos sua dignidade e o caráter.
            Havia também momentos de ternura e a vontade de nos proporcionar o melhor e de sermos os melhores. Durante sua vida a prioridade para o Seu João era a Escola. Sempre gostou de aprender e queria que seus filhos estudassem. Era a única chance de melhorar a vida e ter melhores possibilidades, não queria que os filhos passassem pelas dificuldades que passou. Ele aprendeu com a ajuda da mãe a ler e escrever e fazia contas como ninguém, embora tenha frequentado muito pouco os bancos escolares. Também aprendeu sozinho a dirigir caminhão e mais tarde, tornou-se um dos primeiros motorista de ônibus de sua cidade. Tudo que conseguiu na vida se deve ao seu esforço pessoal.  Ele queria mais, mas a labuta diária na criação dos filhos o impediu de seguir avante. Os sonhos se perderão na caminhada difícil e árdua. 
            Não sei quando aprendemos a admirá-lo. Só sei que em algum momento, nós crescemos, amadurecemos e nos deparamos com um Seu João menos intransigente que nos conquistou. Podemos dizer que o “divisor de águas” da vida do Seu João, foi sua aposentadoria, quando os filhos já crescidos e casados podiam seguir sozinhos e a ele cabia somente a tarefa de brincar com os netos. As divergências e questionamentos ficaram no passado, bem longe de suas e nossas lembranças e em seu lugar surgiu a doçura, o falar menos acelerado, o orgulho pelas nossas conquistas. Hoje, me atrevo a dizer que o seu João se realizou nos filhos. Com o passar dos anos, já convivendo com a velhice, tornou-se o avô dócil que tudo podia.
            Gostava de contar histórias e peripécias do tempo em que trabalhava como motorista. Foram trinta e cinco anos de trabalho. Quando os filhos já podiam trabalhar, essa responsabilidade era compartilhada. Por isso, todos aprenderam cedo a responsabilidade de ganhar o pão de cada dia.
            Seu João tinha suas manias: não frequentava a casa dos filhos, a não ser em ocasiões especiais e quando isso acontecia queria rapidamente ir embora. Não podia deixar a sua casa sozinha. Preferia que as comemorações fossem lá. Implicava com barulho, com a televisão, com coisas do cotidiano, mas era feliz. O amor pela dona Lídia  nossa mãe, se traduzia em olhares e gestos de ternura. Ela foi sua companheira, nos bons e maus momentos, sofreu com ele e por ele. Nunca o deixou sozinho e soube conservar seu casamento com humildade e resignação como as mulheres de antigamente. Do jeito deles, eles foram felizes, principalmente nas últimas décadas, quando o trabalho não mais lhes pesava nos ombros.
            Ele era feliz porque tinha a sua casa, a sua Família e, principalmente, Deus no coração. Era um homem religioso. Confiava em sua religião e foi nela que criou seus filhos. Já aposentado, foi ministro da Eucaristia. Era um homem de Fé e Confiança em DEUS e junto com Dona Lídia, nossa mãe, criaram seus filhos dentro dos princípios da Religião Católica. Gostava de comemorar seu aniversário e, principalmente, que houvesse missa. O Padre Vicente era seu amigo e por muitos anos compareceu a sua casa para a celebração. Para Seu João era uma honra. Ninguém precisava lhe dar presente, bastava à presença do padre e da família.
            É assim que queremos lembrar o Seu João. Sentado sonolento em uma cadeira olhando para a rua, brincando com os netos ou ansioso esperando o padre para celebrar a missa... Sorrindo para a vida.
            No último 04/7/2012, Seu João e a Dona Lídia completaram 68 anos de casados. Uma vida inteira dedicada um ao outro; juntos. Quantos têm o privilégio de ter pai e mãe comemorando tanto tempo de casados? Poucos. Nós tivemos; por isso nosso agradecimento a Deus. A Ele, nós agradecemos por deixar o Seu João tanto tempo junto de nossas vidas. Seu João tinha 88 anos de vida quando partiu.

            Nós o amamos porque ele foi o presente que Deus colocou em nosso caminho. Nosso pai João e nossa mãe Lídia foram responsáveis pelos adultos que nos tornamos. Eles plantaram a semente, embora as opções tenham sido nossas. Hoje, cada um segue seu próprio caminho de acordo com suas convicções e valores.
A saudade dói e as lágrimas ainda caem pelos rostos, mas temos a certeza de que Seu João está junto de Deus, pois ele acreditava na Vida Eterna. Creio que ele também está feliz de ver a família unida rezando por ele. Ele partiu, mas deixou exemplos que serão seguidos pelas novas gerações. Onde estiver, Seu João, olhe por nós!

Ainda é tempo de dizer ADEUS. Adeus pai! Adeus Avô! Com sua partida só nos restou a Saudade. Feliz daquele que deixa com sua ausência a saudade. Fique com Deus!

(Homenagem a um grande homem).

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Mea Culpa!


MEA CULPA!

Busco a verdade, a paz e a felicidade,
Busco a fraternidade!
Mas percebo que a minha verdade se esbarra na sua.
A paz que almejo não combina com a sua vivência,
Com esta pobreza e ausência do amanhã.
Sou feliz e sua infelicidade me afronta e causa-me pesar,
Quero muito mudar sua vida, lhe ajudar.

Busco a resolução dos seus problemas
E percebo que a minha indignação,
É só minha! Os outros estão surdos!
Recolho-me e sozinha nada faço!
Não me sinto capaz de lhe assumir, nem lhe ajudar.
Fecho os olhos ao seu penar.

Decido não me envolver, não olhar para trás.
E a sua presença vai se esvaindo no meu coração.
A vida me leva e minha revolta passa,
Vivo a minha vida!
 Você não me ameaça,
E lhe deixo de lado, nada mais vejo, me escondo,
Sem culpa, sem medo.

Torno-me indiferente, ausente.
Mais um na multidão a ignorar a sua existência.
Esqueço o que me causou angústia, indignação.
Fico com a minha verdade, esqueço que é meu irmão.
E fecho a porta do meu coração!



Assim não dá!


Assim não dá!

        
            Sei que esse desabafo é apenas um “grilar de grilo”, mas quem sabe muitos grilos juntos ajudem em alguma coisa.
            Eu não gosto de discutir futebol, religião ou política, acho que a pessoa que discute, normalmente, é convicta de seus princípios, ideologia ou preferência, portanto não adianta ficar discutindo o que não vai ser alterado: ela vai continuar pensando assim, você também e ambos correm o risco de falar “o que não deve”, perder uma amizade, um relacionamento, etc.
            Por isso, fico na minha, se é para dar uma opinião, saber de minhas preferências ou mesmo o que penso a respeito, tudo bem, acredito que propagar a Fé, tecer sobre uma ideologia ou torcer e enaltecer um time é válido, mas a discussão pela discussão perde o valor, atiça a intolerância e traz mágoas.
            Estamos no SEC XXI, temos que nos adaptar aos novos tempos e, mesmo sem concordar, temos que reconhecer as mudanças que aí estão; reconhecer não quer dizer aceitar. Aceitar é de “dentro para fora”, reconhecer é fato, “de fora para dentro”. Reconheço as mudanças dentro da lei, mas, só as pratico se estiver dentro de meus princípios e convicções.
            Não me considero alienado, sou bom cidadão e cumpro com minhas obrigações. Já contribui muito por esse País que amo e torço para que tudo aqui dê certo, independentemente, de convicções partidárias. Pago meus impostos, tento ser cada dia melhor, tudo para ser útil ao meu próximo, servir ao meu Deus e andar de acordo com a as minhas convicções, sejam elas, religiosas, políticas ou sociais.
            Mas “pera aí”, agora já estão nos tirando do sério, não é possível aceitar pacificamente, o nome de Renan Calheiros para Presidente do Senado.
            Gente, Senado é coisa séria! Elegemos nossos representantes para que nos representem e agora, mais esta. Não chegam os “mensalões”, os desvios de dinheiro, o mau emprego do dinheiro público, agora querem eleger um cidadão (desculpe isto é o que ele não é): “Cidadão é a pessoa que vive e participa da sociedade, respeitando o próximo, cumprindo suas obrigações e tendo seus direitos respeitados”. O termo cidadão não cabe a este senhor.
             Ele não pode nos representar! Ele é ficha suja! Está sendo passado “via internet” uma forma de votação para que isso não aconteça. Não sei se isto procede ou não, mas vamos votar quem sabe o nosso voto sirva para alguma coisa.
            A escolha do Sarney já foi ultrajante. Um personagem que entra no Senado por outro Estado e se elege com o mínimo de votos e ainda vira Presidente do Senado! Agora o Renan Calheiros! Que ousadia! Isto sem lembrar que até agora nada aconteceu com os Mensaleiros!
            Como cidadão, eu gostaria de ter seus direitos respeitados! Fui!



domingo, 3 de fevereiro de 2013

Marchinhas de Carnaval


MARCHINHAS DE CARNAVAL

Na Fantasia

Na fantasia mergulhei,
Embarquei no irreal,
E no seu abraço,
Presa no seu laço,
Eu me apaixonei!

Foi no Carnaval,
Tornei-me sua colombina,
Confetes e serpentinas,
Coração menina
Eu acreditei!

Foi este o meu mal,
Acreditei no Carnaval.
Tornei-me seu palhaço,
Procurando espaço no seu coração
Lhe perdi na multidão!


Coração Apaixonado

Ah! Coração apaixonado,
Não deixe a saudade entrar.
Esse coração descuidado,
Está feliz sem um passado,
Que possa lhe perturbar.

Esses versos apaixonados,
Nas cordas do meu violão,
Vem do presente cantado,
De dentro do coração.

Olhando a lua prateada,
Chorando sem ter razão,
Não é saudade, é amor.
Que nasce nesta canção.


Saudade

Fiz um “Feed back” do tempo,
Do que foi bom de viver.
Saudade nasceu no peito,
Se instalou e me fez sofrer.

Junto a outras emoções,
Saudade procurou espaço,
Me machucou, me oprimiu
Depois que você partiu.

Saudade não mata;
Nocauteia sem razão.
Impede que um novo amor,
Ocupe o seu lugar
Neste triste coração.

Por isso, saudade, vá embora.
Não tenho por quem chorar.
O meu amor é presente,
Sem passado a recordar.



Até quando?


ATÉ QUANDO?


            Até quando vidas serão ceifadas pela incompetência dos homens? Até quando pais chorarão seus filhos que precocemente lhes foi tirado? Até quando a ganância de quem detém o poder, seja ele público ou particular, colocar seus interesses acima do interesse do próximo.
            As tragédias sucessivamente acontecem no mundo todo, mas são esquecidas assim que as luzes da imprensa mudem o foco. No Brasil, com a impunidade latente, com leis protecionistas e com a má administração dos que deviam olhar pelo bem maior que é o povo, isto se torna ainda mais grave.
            Impostos? Sim e como pagamos, mas o retorno à população vem à conta-gota, seja ele: municipal estadual ou federal. Não há fiscalização adequada, há omissões dos órgãos responsáveis e quem paga a conta somos todos nós.
            Eles se esquecem que também são parte das famílias que sofrerão as conseqüências. Graças a Deus, há homens públicos probos que fazem das suas ações a sua história de vida e por causa deles a população não se sente tão abandonada.
            Hoje são nossos irmãos gaúchos que choram suas perdas, amanhã poderão ser outros e assim, sucessivamente, de tempos em tempos, as lágrimas voltarão a brotar nos olhos de todos brasileiros.
            Será que é preciso que tragédias aconteçam para a tomada de consciência? Quem ainda se lembra de uma tragédia recente envolvendo uma adolescente no “Hopi Hari” aqui em São Paulo? Ninguém mais falou no caso e quantos parques de diversões continuam a trabalhar sem fiscalização adequada. A construção civil nos mostra a cada dia a falta de cuidados e fiscalização das autoridades competentes, seja em construções públicas ou privadas. Na saúde quantos erros médicos e quantas enfermeiras inexperientes foram responsáveis por dizimar vidas. Há tragédias anunciadas no ar, mar e terra.
            Uma onda de fiscalização saiu às ruas após a tragédia que abalou o Rio Grande do Sul, mas até quando? Foram mais de duzentos mortos, mais de duzentas vidas jovens com um mundo pela frente que pereceram. Não há como não nos indignarmos. Não há consolo para suas famílias.
            O povo quer segurança! Segurança para o seu dia a dia, no ir e vir do seu trabalho. Segurança na sua integridade física quando ela depender das responsabilidades do outro.
            Dizem que a Justiça terrena é lenta, mas que pelo menos seja contínua e responsável. Que a responsabilidade seja a bandeira de luta de todos brasileiros.
             Sinceras condolências aos irmãos gaúchos! Que Deus proteja todos vocês!