Pausa
para o poeta!
Silêncio... Os versos
se foram...
As rimas se
esconderam no tempo.
Só as lágrimas
restaram como vestígio de vida.
E o poeta, sem rima,
não mais escreveu...
O coração em
frangalhos, a vida madrasta,
Retirou sua crença no
amanhã.
Silêncio, não
perturbe o que resta do homem
Que ainda ontem
acreditava em sonhos...
A mente fervilhante,
as rimas constantes
Ficaram no vazio da
alma sofrida
Que sangra e geme de
dor.
Ele procura na fé, a
crença na vida;
Vestígios de
esperança, de ternura,
De sonhos perdidos
nos amores desfeitos.
Quem sabe, um dia, o
poeta, que ora chora,
Sinta, novamente, o
sol a tomar seu corpo,
A luz a clarear a
mente cansada.
E os versos nascerão
fáceis, doces
Como a primavera...
Qual Fênix, o poeta
renascerá das cinzas
E os versos e as
rimas brotarão
Como sementes na
relva macia
De um novo
amanhecer...
Por enquanto, silêncio!
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