terça-feira, 5 de setembro de 2017

Rio Doce-Rio de Lama

Rio Doce-Rio de Lama

E o Rio morreu! Morreu e mudou de cor.
Mudou de cor no desamor dos homens,
No descuido dos que deviam protegê-lo,
Na mente insana do capitalismo desordenado,
Distorcido pela busca do dinheiro rápido,
Tudo mais prático.

De doce, virou amargo,
Como a vida dos ribeirinhos e dos homens de bem,
Que quase nada tinham e, hoje, nada têm.
Peixes morreram, vidas pereceram,
Nada trará de volta, o que hoje se perdeu.
Não foi só mais um rio que morreu.
Nada sobreviveu!

Não é o único, muitos morrem aos poucos,
Com o lixo neles jogados. Vacilo humano!
Abarrotados pela incoerência crescente
De acabar com a vida e sustento alheio. 
Não são apenas os peixes;
Pessoas morrem de fome
E aves que em seu ventre,
Alimentam-se do imprestável,
Do improvável.

E o Homem que devia ser o guardião,
Da Natureza, dada pelo Criador,
Ausenta-se, ignora a visão real,
Comporta-se como animal, um vilão,
Em um mundo onde a insensatez dominou,
E em um rio de lama, que a mente insana,
Não consegue enxergar, não consegue avaliar
O mal que pode nos causar.
Ignorância! Covardia! Insensatez!


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