E agora, Brasil?
O
grilo pensante voltou. E o meu “pitaco” vai para os manifestos contra o aumento
da passagem de ônibus que atingiram São Paulo e Rio de Janeiro. Posso ser
somente um grilo que pensa, mas o que vi me causou pesar: um verdadeiro campo
de guerra: Patrimônios Históricos quebrados, objetos arremessados sem critério
atingindo pessoas e coisas, pessoas ensanguentadas, vidros quebrados, gritos,
confusões... De um lado, em
São Paulo , o MPL( Movimento do Passe Livre), os organizadores
da passeata, de outro a policia militar coibindo os manifestantes.
De
um lado alguns manifestantes vândalos e propicio a baderna geral; de outro o
governo municipal ou estadual que muitas vezes preferem usar a força ao
diálogo. As determinações e o modo de enfrentamento partem dos superiores. E no
meio a população que é a única que sofre com ruas bloqueadas, sem poder voltar
para casa, sem transporte e, muitas vezes, sem saber para onde correr diante da
bagunça generalizada. Na hora “H” até
jornalistas que cobriam o evento foram agredidos por policiais. O saldo não
poderia ser diferente: muita gente detida, muitos inocentes machucados, vários
prédios depredados. No Rio até a Catedral que havia sido restaurada, teve seus
vitrais quebrados.
Não
sou a favor do aumento do ônibus. Acho até que a passagem de estudante devia
ser gratuita, como é a dos idosos. Assim, de certa fora, estariam ajudando os
pais com filhos estudantes. Pela quantidade de impostos que pagamos não seria
nenhum favor, mas acredito que alguns usaram as manifestações para expor seus
instintos destrutivos e animalescos. Ninguém pode ser a favor da agressividade
seja ela de que lado for.
Já
participei de manifestações pacíficas como professor da Rede Pública. Já
presenciei abuso de autoridade por parte do governo. Penso que ninguém pode ser
contrário às manifestações pacíficas contra esta ou aquela medida, faz parte da
democracia, mas a minha indignação é contra a baderna que se instalou nas ruas,
o caos que se estabeleceu.
Já
li muito sobre o incidente e um dos artigos defendia o MPL dizendo que pessoas
infiltradas com o intuito de agredir foram as responsáveis pelo acontecido.
Bem, quem organiza passeatas sabe que isso pode acontecer, como aconteceu. Eles
correram o risco. Fazendo uma analogia com o motorista bêbado no trânsito e que
provoca um acidente, mesmo não tendo intenção de matar, ele corre o risco. É
julgado como homicídio doloso. Isso cabe a ambas as partes. O revide
exacerbado, sem critérios, por parte dos responsáveis para manter a ordem, também
é prejudicial. O que precisa ser apurado é quem agrediu primeiro; se houve
exagero deste ou daquele lado e mostrar a população.
Com
certeza, o maior culpado pela indignação de um povo é o governo, desacreditado
por muitos. O povo que o elegeu, seja ele municipal ou estadual, não vê retorno
com investimento em Saúde, Educação, Moradia, Emprego e muito menos lazer. Só o
salário não acompanha essa corrida desenfreada da carestia. O que se vê são os
casos de corrupções onde o acusado é diplomado como Deputado (outros nem são
citados); presenciam o mau uso do dinheiro público, escândalos em todas as
áreas. Os impostos aumentam a cada dia e o povo trabalhador sem ter a quem
recorrer vê como única forma de reivindicação a greve. Quem está gritando são
os menos favorecidos. Está na hora do
governo ouvir quem o elegeu.
E
a chamada * “onda mídia” vem aí. São Paulo, Rio e quantos outros Estados
(independentes de Partidos Políticos que a governem) ainda vão presenciar idênticos
“espetáculos” em vários setores. Espero, sinceramente, estar enganado.
Não
posso deixar de pensar que “tem gente provando de seu próprio veneno”. Bem, até
a próxima. Fui.
- Onda mídia - quando
algo chocante é passado pela mídia e vira notícia, há uma tendência desse
fato se repetir em outros lugares.
Proveitosa reflexão....bem que podia lançar mão da idéia....passe livre: se aposentacos podem? ou então pelo menos - meia passagem, igual a meia entrada, etc....
ResponderExcluirÉ verdade. Escrevi outro texto em "textos", veja o que vc. acha.Bjs.
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