terça-feira, 15 de julho de 2014

De olho na Copa


De olho na Copa

Depois de um período de férias, estou aqui dando “meus pitacos”, por ter este direito como brasileiro que sou.
             A euforia passou; o povo brasileiro mais uma vez surpreendeu na cordialidade, nas comemorações, na derrota. Mostra, mais uma vez, que quando ama, quando está feliz, não vê obstáculos para demonstrar sua alegria. Mesmo com a derrota, faz piada, mas não deixa “a bola cair”; é o jeito brasileiro de ser. O “FACE” que o diga.

A alegria contagiou os turistas e foram manchetes de jornais do mundo todo. O 7X1, embora tenha deixado todos tristes, boquiabertos e com a sensação de vazio, não ultrapassou os limites de cada um (mas que doeu, doeu!). O brasileiro ganhou em civilidade e criatividade. Chorou, brincou e vaiou na hora certa. Vendeu, curtiu e ficou feliz. Perdeu o título, mas a vida continua e há muito para vencer e brigar no dia a dia. As contas continuam a serem pagas por vocês.

Quando outubro vier, nas urnas, esse mesmo povo brasileiro terá oportunidade de mostrar a sua insatisfação quanto a temas primordiais: saúde, educação, moradia, saneamento básico, emprego, etc., sem se deixar envolver pela euforia da Copa do Mundo.

O Brasil não está bem e quando o barco não está bem é porque as ondas não estão tranqüilas. São necessárias mudanças, às vezes, de rota, de caminhos. Traçar um novo rumo não é fácil, milhares de obstáculos aparecem e faz-se necessário um novo olhar, uma nova adequação dos ventos.

É hora de escolher nas urnas. Mas, o mesmo Brasil que soube ser feliz e ser triste e foi responsável pelo sucesso desta Copa, saberá, com certeza, ser o novo timoneiro de seu destino. Eu mesmo não acreditava que a Copa seria o que foi; agora me sinto mais otimista em relação à Outubro. Oxalá, eu esteja com a razão. Fui!    

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