Dom da vida
Na corrida frenética
da fecundação,
Na junção de corpos e
inebriar dos sentidos,
Dá-se o início da
vida,
O princípio de um
novo ser:
O nascimento do
filho.
Um mesclar de
inquietações, alegrias, dor e renúncia,
Que a elevará a
grandeza dos deuses,
Ao altar das escolhidas,
À sabedoria dos
profetas,
Em dissonância com sua
insignificância de mortal,
Incapacidade e
inoperância de tola que nada conhece.
Momento mágico... Divino!
O milagre do
nascimento de uma nova mãe.
É a vida que se forma
em um ventre.
Imensurável a alegria
do pulsar o novo coração
Naquela que gerará o
embrião.
Mudanças físicas e
emocionais serão constantes,
Há necessidade de
proteger e aninhar o feto
Com tanto afeto,
Mas consciente de
suas limitações e fraquezas.
Mas, quando mãe...
Desvendará o mistério
da vida na biologia da espécie
E considerar-se-á apta
em renúncias e concessões
Àquele que se formou
de um desejo carnal
E a partir daí se fez
Bendito.
E pela vida toda...
Do parto a maturidade
do filho
A preocupação será sua
companheira.
Esse amor preencherá
as noites e os dias,
A vida inteira.
No descompasso das
noites mal dormidas
E na calmaria após o
simples fechar da porta.
É o que importa!
Por toda vida será
julgada,
Cobrada como
parâmetro de vida,
Como diretriz de conduta.
Responsabilizada pelo
“não” e pelo “sim”
Dados em nome do
amor.
Mesmo que se doe, se cobre
E partilhe de todos
os momentos.
Não será
compreendida.
Mas, será imensamente feliz.
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