domingo, 2 de dezembro de 2012

Dom da vida



Dom da vida
Na corrida frenética da fecundação,
Na junção de corpos e inebriar dos sentidos,
Dá-se o início da vida,
O princípio de um novo ser:
O nascimento do filho.

Um mesclar de inquietações, alegrias, dor e renúncia,
Que a elevará a grandeza dos deuses,
Ao altar das escolhidas,
À sabedoria dos profetas,
Em dissonância com sua insignificância de mortal,
Incapacidade e inoperância de tola que nada conhece.

Momento mágico... Divino!
O milagre do nascimento de uma nova mãe.

É a vida que se forma em um ventre.
Imensurável a alegria do pulsar o novo coração
Naquela que gerará o embrião.
Mudanças físicas e emocionais serão constantes,
Há necessidade de proteger e aninhar o feto
Com tanto afeto,
Mas consciente de suas limitações e fraquezas.

Mas, quando mãe...  
Desvendará o mistério da vida na biologia da espécie
E considerar-se-á apta em renúncias e concessões
Àquele que se formou de um desejo carnal
E a partir daí se fez Bendito.

E pela vida toda...
Do parto a maturidade do filho
A preocupação será sua companheira.
Esse amor preencherá as noites e os dias,
A vida inteira.
No descompasso das noites mal dormidas
E na calmaria após o simples fechar da porta.
É o que importa!

Por toda vida será julgada,
Cobrada como parâmetro de vida,
Como diretriz de conduta.
Responsabilizada pelo “não” e pelo “sim”
Dados em nome do amor.
Mesmo que se doe, se cobre
E partilhe de todos os momentos.
Não será compreendida.
Mas, será imensamente feliz.


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