MEA CULPA!
Busco a verdade, a
paz e a felicidade,
Busco a fraternidade!
Mas percebo que a
minha verdade se esbarra na sua.
A paz que almejo não
combina com a sua vivência,
Com esta pobreza e
ausência do amanhã.
Sou feliz e sua
infelicidade me afronta e causa-me pesar,
Quero muito mudar sua
vida, lhe ajudar.
Busco a resolução dos
seus problemas
E percebo que a minha
indignação,
É só minha! Os outros
estão surdos!
Recolho-me e sozinha
nada faço!
Não me sinto capaz de
lhe assumir, nem lhe ajudar.
Fecho os olhos ao seu
penar.
Decido não me
envolver, não olhar para trás.
E a sua presença vai
se esvaindo no meu coração.
A vida me leva e
minha revolta passa,
Vivo a minha vida!
Você não me ameaça,
E lhe deixo de lado,
nada mais vejo, me escondo,
Sem culpa, sem medo.
Torno-me indiferente,
ausente.
Mais um na multidão a
ignorar a sua existência.
Esqueço o que me
causou angústia, indignação.
Fico com a minha
verdade, esqueço que é meu irmão.
E fecho a porta do
meu coração!
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