sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Mea Culpa!


MEA CULPA!

Busco a verdade, a paz e a felicidade,
Busco a fraternidade!
Mas percebo que a minha verdade se esbarra na sua.
A paz que almejo não combina com a sua vivência,
Com esta pobreza e ausência do amanhã.
Sou feliz e sua infelicidade me afronta e causa-me pesar,
Quero muito mudar sua vida, lhe ajudar.

Busco a resolução dos seus problemas
E percebo que a minha indignação,
É só minha! Os outros estão surdos!
Recolho-me e sozinha nada faço!
Não me sinto capaz de lhe assumir, nem lhe ajudar.
Fecho os olhos ao seu penar.

Decido não me envolver, não olhar para trás.
E a sua presença vai se esvaindo no meu coração.
A vida me leva e minha revolta passa,
Vivo a minha vida!
 Você não me ameaça,
E lhe deixo de lado, nada mais vejo, me escondo,
Sem culpa, sem medo.

Torno-me indiferente, ausente.
Mais um na multidão a ignorar a sua existência.
Esqueço o que me causou angústia, indignação.
Fico com a minha verdade, esqueço que é meu irmão.
E fecho a porta do meu coração!



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