quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Meu refúgio


MEU REFÚGIO

Em busca de um sonho maior,
Da felicidade etérea,
De alguém a preencher o vazio
Que doía em minha alma,
Você apareceu do nada, trazendo tudo:
Promessas, palavras, carinho.
E eu que me sentia sozinha, perdida,
Encontrei em você a razão da vida:
O meu refúgio e caminho.

Encontrei você na incerteza da história
Repleta de dúvidas e lutas inglórias
Em você existia a esperança e o sorriso
E a crença que havia o paraíso.

Fizemos de nossas desventuras: venturas,
E de nossos sonhos: realidade.
Pusemos um véu em toda a maldade
E a colocamos em um canto escuro.
Abria para nós o sol da felicidade
E ficávamos quietos, mudos,
Espreitando a fresta de luz surgida
Numa manhã radiosa de nossas vidas.

E descobrimos juntos
O quanto é bom viver a dois.
O quanto é perfeito
Viver com amor



Mensagem de Ano Novo

Mensagem de Ano Novo

            Esperança! É tudo que precisamos para o Novo Ano. Se como dizem estamos sob o Signo de Aquário, Era de Cristal, onde tudo converge para uma vida melhor, nada como ter esperança em um mundo melhor, mais fraterno, mais humano.
            Às 24h00minh do dia 31 de dezembro, vamos voltar nosso pensamento para Deus, pensar positivamente e desejar a PAZ entre todas as pessoas, essa paz que emana de muita LUZ.  Para os que crêem essa LUZ vem da fé em de Deus, para os Agnósticos é à força do pensamento positivo. Independente de religião ou não, o importante é o caminhar com a ESPERANÇA.
            Vamos pensar coletivamente. Tudo que pensarmos no COLETIVO terá mais força do que INDIVIDUAL. “Uma a uma as mãos se entrelaçaram, um a um os sorrisos então brotaram e nasceu uma canção de PAZ E AMOR para apaziguar o coração com rancor...”.
            O ano de 2012 foi um ano muito difícil: tragédias, catástrofes, perdas irreparáveis seja no pessoal, no Brasil ou no mundo. Às vezes, parecia o fardo muito difícil, mais Deus nos dava força e com certeza nos ajudava a carregá-lo. Com isso não nos deixou ficar na depressão e sempre transformou lágrimas em sorrisos. Era a FÉ que nunca nos abandonou.
          E foi vencendo barreiras, sendo guerreiros e contando sempre com os AMIGOS que estiveram sempre em nossa companhia, nos bons e maus momentos, que chegamos em 2013, esperançosos na CIÊNCIA DO BEM que a toda hora nos traz esperança de cura de doenças, de alívio para outras. A Ciência que cura, não as tecnologias responsáveis por tragédias que matam ou mutilam irmãos.  NÃO à GUERRA, SIM à PAZ! 
         Vencemos até as previsões do fim do mundo e, se estamos aqui, vamos com a esperança de transformá-lo em um mundo melhor, a nossa missão ainda não acabou. 
            Que esse Ano nossos dirigentes lembrem-se de investir em SAUDE E EDUCAÇÃO. Saúde para que possamos galgar nossos objetivos e consolidarmos sucessos e Educação para que possamos vencer as barreiras da ignorância, que torna o mundo tão desigual, e conseguirmos  realizar nossos sonhos.
            “Se as mãos se entrelaçarem conseguiremos abraçar o mundo e o amor que existe em cada um, se tornará maior, profundo. E A POMBA DA PAZ VOARÁ AFINAL”. 


NF: os versos “em aspas” pertencem a minha poesia “Utopia?”

Agradecimento de Natal


Agradecimento de Natal

           Obrigada Meu Deus, por haver me convidado para mais esta festa de aniversário de seu filho Jesus. Passei um Natal em companhia das pessoas que fazem parte da minha vida e isto foi muito importante.
           Obrigada pelo meu companheiro de todas as horas, pelos filhos que me emprestou para compartilhar da minha história de vida. Eles são o nosso maior tesouro.
          Obrigada pela família com quem me criei; principalmente meus pais que sempre foram o meu suporte.  Meu pai me deixou este ano para conhecê-lo pessoalmente, mas sei que sua força nunca me será negada. Minha mãe continua na luta e com a ajuda de todos será nossa maior força. Obrigada pelas pessoas que se agregaram a minha família: noras, cunhadas (os), primos e demais agregados que vieram para somar e não dividir. 
           Obrigada pelos amigos maravilhosos que me ajudaram nos momentos difíceis e também participaram dos momentos alegres. Obrigada pelos novos amigos que já se tornaram tão indispensáveis.  
          Este ano que se finda não foi fácil. Muitas vezes, precisei da sua força de Pai e o Senhor estava lá. Deu-me forças, pegou-me no colo e quando caí me levantou, mas também o Senhor me proporcionou algumas mudanças benfazejas em minha vida; situações que só um Pai consegue presentear. Sou lhe grata por todos os milagres com que fui agraciada.  
            O Natal já se foi. A Festa que simboliza a união das famílias através do Nascimento de Jesus e que traz de volta antigas promessas de um mundo melhor, mais humano e fraterno se findou. Foi linda!
           Natal é tempo de amor; Natal é tempo de Fé. É o estreitamento da amizade entre o Criador e sua criatura. É tempo de pensar no próximo. Vivenciar o Natal no seu sentido mais amplo: é se conduzir e deixar-se renascer para a esperança e superação dos problemas.
            Agora, um novo ano se inicia e quero pedir muita Luz, Paz, Saúde e Compreensão entre os homens. Que as promessas do Natal se tornem realidade neste novo ano. 
            Obrigada por me ouvir. Obrigada por tudo. 

domingo, 16 de dezembro de 2012

Data Especial


DATA ESPECIAL!

Amanhece na roça...
O galo é o primeiro a despertar e com sua cantoria chama a todos para o encontro. O sino da Igrejinha também cumpre o seu papel e com badaladas firmes anuncia o momento.
O homem sonolento abre os olhos que teimam em fechar, driblando o sono que resisti ao apelo matinal.
Começa o burburinho das aves sedentas e insaciáveis por alimento, mas que esperam o espetáculo diário.
O riacho dá uma pausa no seu rápido caminhar para presenciar a cena.
As janelas, uma a uma, vão se abrindo...
E todos os olhares se voltam para o dourado que, aos poucos, fica purpúreo e aparece na colina. O grande momento!
O Sol, o Astro-rei, aparece reluzente e com seus raios dourados ilumina toda a terra. Renasce um novo dia! É o amanhecer!
E o homem da roça atende ao chamado do sol e parte para um novo dia de trabalho. Na roça, a vida segue o compasso do homem do campo. Aquele que nada espera e que tudo tem. Que busca no trabalho contínuo, na jornada diária, ganhar o pão de cada dia enquanto espera o renovar das gerações e de sonhos.

Mas, hoje, é um dia especial. É Natal!
No Natal a vida adquire novo brilho: o burburinho das conversas no preparo da ceia especial, tudo preparado com esmero, com alegria e com fé.
É o dia de Natal! É a esperança de dias melhores, do acreditar em sonhos e do encanto da vida nas promessas.
O presépio, na sala, não é apenas um enfeite, é o símbolo cristão de fé e de crença num Deus que veio do amor, para unir os povos e as famílias em torno de uma mesma mesa. É o dia que todos procuram Deus.
À noite, além da reza em volta do presépio, também há trocas de presentes que simbolizam a amizade e solidariedade. Pais e filhos na mesma sintonia.
No Natal, a vida simples do homem do campo também fica especial. A comida farta sobre a mesa denuncia que é dia de festa.
 É a Festa da Família e da vida que se renova cada dia. Hora de agradecer a colheita e pedir por um novo ano ainda melhor. Pedir AO QUE NASCE um mundo melhor com Paz, Amor e Compreensão entre os homens.
Afinal, é Natal! O Nascimento de Jesus! E todas as atenções estarão voltadas para o Alto.
É a noite de acreditar em milagres!

É Natal!


É NATAL!

Neste Natal,
Vi alegria nos rostos cansados,
Sem luz, sem cor, sem brilho,
Vi a alegria trazer de volta a vida
Que estava escondida, sem sentido
Sem emoção.
Vi o que aplaudia, vi o que chorava,
Vi o carente, o que apenas olhava,
E me percebi parte desta transformação,
Isso fez bem a alma, acalmou meu coração.

Quem mais aprendeu, fui eu.
Eu recebi o melhor dos presentes,
Eu também me senti carente,
Daqueles olhos tristes e sem brilho,
Que embalados pelas doces cantigas
Mostraram que a jornada, não é só tristeza,
É saudade com gosto de alegria,
É esperança mesclada com euforia
E todo carinho faz bem ao coração,
Aproxima-nos e nos torna irmãos.
Tudo foi especial, foi o meu presente de Natal.


(visita ao asilo “Ênio Gregório" em Guarujá).

domingo, 2 de dezembro de 2012

Deixa a vida me levar


“Deixa a vida me levar”

- “Parabéns a você, nesta data querida. Muitas felicidades e muitos anos de vida”.
O coro de vozes ecoou pelo salão e Violeta se sentiu a melhor das criaturas. Tinha muitos amigos e todos estavam ali para comemorar seu aniversário. Ela era jovem, feliz e bonita. Muitos amores passaram por sua vida, mas ela não estava disposta a partilhar a sua liberdade. É claro que, ultimamente, a sua vida sentimental não andava “as mil maravilhas”. Pela primeira vez estava há um ano, sem namorado.
- “Com quem será... Com quem será... Com quem será que a Violeta vai casar”.
Era só uma brincadeira, mas tocou fundo seu coração: tinha ficado pra titia. Por que isso a incomodava?
Aniversário de quarenta anos! Ela notou o inevitável: todos seus amigos eram casais. Em sua festa, somente ela estava só. Sobrando...
- Parabéns, nós lhe desejamos toda a felicidade do mundo e que, finalmente, você arranje um marido. - falou Celinha, como porta-voz do grupo. 
Violeta sentiu um calafrio. De repente aquelas palavras corriqueiras, ditas jocosamente nessas ocasiões, pareciam repletas de maledicências e também um alerta.
A festa estava bastante animada e à medida que as horas passavam, o teor alcoólico ia subindo e os pudores caindo por terra. Violeta percebeu que alguns casais já saiam pelo jardim em busca de um cantinho mais escuro, outros trocavam juras pelo salão. Não precisavam dela.
- Por favor, sintam-se à vontade. O último que sair apague a luz. Há muitas bebidas na geladeira. Tô indo. Fui. – disse Violeta ao sair pela porta do salão.
A lua estava linda e fazia muito calor. Violeta se permitiu andar um pouco pelas calçadas deixando seu carro no estacionamento. De manhã, viria buscá-lo. Deixou-se divagar, sem censuras, pensando em sua vida. Profissionalmente, estava realizada, mas sentimentalmente... Os amores vieram e foram como suas viagens. Não se apegara a nada. Não tinha tempo para isso. 
-Casamento não é pra mim, não tenho paciência. – dizia quando lhe perguntavam. Mas, naquele dia, algo tinha mudado: sentia-se velha.
Absorta em seus pensamentos não viu o tempo passar e quando reparou era hora de chamar um táxi, pois estava distante do estacionamento e longe de casa.
Foi assim que conheceu Marcos, o motorista do táxi:
- Pra onde devo levar a senhora? – perguntou, gentilmente, assim que ela entrou no veículo.
- Pra casa. Vou lhe dar o endereço.
- Algum problema? Caminhar sozinha pelas ruas é perigoso...
Conversar com um desconhecido poderia ajudá-la.
- Hoje é meu aniversário de quarenta anos e descobri que o tempo passou. Estou ficando velha.
-. Parabéns! Mas, você ainda é muito jovem.
- Eu estava com amigos, mas todos estão casados. Sou a única solteira do grupo.
- Com certeza é porque você quer.
- Obrigado. Você é gentil. Faz parte da sua profissão. Qual é seu nome?
- Marcos, às suas ordens. E o seu?
- Violeta.
 Uma conversa banal. Mas, porque Violeta não conseguia esquecer aquele homem. Ele era bem mais jovem, uns trinta anos. Era bonito, mas nada fino. Aparentava não ter muita cultura social.
 “Inculto e belo, como a nossa língua portuguesa”. - pensou Violeta, lembrando o poeta.
Dias depois, Violeta deixou seu carro para revisão e foi para o trabalho a pé. Mas, inesperadamente, uma chuva “fora de hora” desabou e Violeta teve que “apertar os passos”. Ao ver um táxi, gritou e o carro deu “marcha à ré”. Quando o motorista abriu a porta era Marcos.
-Bom dia. Nossa! É você. Conversamos da outra vez que peguei seu táxi. Eu estava saindo de uma festa. – disse Violeta assim que deu o endereço da firma onde trabalhava.
-Me desculpe, é que conheço muitas pessoas. Mas, você tem boa memória.
- Me leva neste endereço. Você foi muito gentil...
Violeta escreveu o endereço num cartão de visitas e recebeu o dele em troca:
-Ah! Me lembrei. A moça que caminhava sozinha no dia de seu aniversário!  Telefone pra esse número, sempre que precisar. Será um prazer. - disse Marcos entregando o cartão.
O trajeto era curto. Não conversaram muito.
-Obrigada. É uma pena, mas, já chegamos. - completou Violeta sorrindo.
A semana toda, ela deixou o carro na garagem. Telefonava para Marcos e ele vinha apanhá-la no inicio e fim do período. Ele era gentil, educado e no final da semana já se consideravam amigos.
Aos poucos a amizade foi aumentando e Marcos já a levava em todos os lugares. Contou-lhe sobre sua vida. Era solteiro, mas já há algum tempo estava “enrascado”, mas não apaixonado.
Que Marcos era bonito, não havia dúvida, mas que gostasse de gastar dinheiro dele, havia dúvidas e Violeta notou já nos primeiros meses de envolvimento.
No começo, ela se oferecia para pagar as despesas, mas depois de alguns meses até o motel era pago por ela. Ela não reclamava, estava fascinada com a possibilidade de mudança em seu estado civil. Os amigos estranharam o namorado. Mas, isto pouco importava; eles não tinham nada a ver com seus pretendentes.
O que era para ser um envolvimento racional se tornara uma paixão. Violeta estava apaixonada, mas exigia exclusividade: não queria dividir seu amor com ninguém. 
-Eu lhe ajudo, mas quero você só para mim. – sentenciou ao namorado depois de alguns meses de envolvimento.
Acontece que Marcos estava cansado da vida que levava: dinheiro contado, sempre correndo atrás do prejuízo. Aquele romance veio “a calhar”.
- Estou muito apaixonado por você. Resolvi encarar o casamento. - falou Marcos.
Quatro meses depois estavam casados e em lua de mel pelo Caribe. Para ela um sonho realizado, para ele um deslumbramento. 
O retorno à rotina do dia a dia fora inevitável. Violeta voltou para o trabalho, Marcos para a praia. Não ficava bem um marido taxista. E os meses foram passando...
Agora que a euforia do casamento passara, Violenta estava convencida que entrara em “uma roubada”. Marcos não parecia disposto a trabalhar, não gostava dos lugares que ela freqüentava e, quase sempre, não a acompanhava. Preferia “sombra e água fresca”.
O tempo se encarou de minar os últimos vestígios da paixão. A separação era inevitável. Na verdade, ela conseguiu o que sempre quis: mudar seu estado civil, mas não tinha um marido.  A separação se tornara inevitável. Não havia diálogos, nem paixão, nem encantamento...
Naquela manhã, depois de uma noite inesquecível, ao voltar para casa, Marcos encontrou duas malas na soleira da porta e um bilhete:
-Fui trabalhar. Vá pra um hotel. Quero me separar. O meu advogado lhe procurará.
Ele estava surpreso. Violeta o estava abandonando. Perdera sua mina de ouro, mas achou melhor obedecer, não adiantava ficar brigando. Sentiu que não havia outra saída, mas exigiria uma indenização, não ia sair do “negócio” de mãos abanando. 
Violeta estava feliz em ter sua liberdade de volta, mesmo que o preço fosse caro. Marcos exigiu apartamento, carro e algum dinheiro. Violeta concordou.
Agora era uma mulher divorciada, uma situação bem melhor perante a sociedade do que uma “encalhada”. Sentia uma ponta de tristeza como alguém que ganhou o primeiro prêmio, mas não o levou. Ela ainda pensava na vida, quando ouviu uma música que parecia um consolo:
“A vida é mesmo assim, alguém tem que perder, pra outro entrar no jogo”. Era preciso virar essa página.  
 Naquela noite, Marcos dançava feliz na roda de samba:
“Deixa a vida me levar, vida leva eu. Sou feliz e agradeço tudo o que Deus me deu”.




Solidariedade


Solidariedade

Eu, grilo pensante, estive em minha cidade e constatei o que já havia visto pela televisão: começou a época de Natal. Na rua, multidões já começam a comprar presentes visando conseguir um desconto maior. É nesta época que os empregos temporários ganham força e a luta para se tornar o melhor vendedor e ser efetivado acontece.  É a época quando os corações se tornam mais fraternos e o desejo de se tornar uma pessoa melhor toma forma.
Posso ser um grilo, mas sei da importância de ser solidário. Já visitei orfanatos e asilos e posso garantir que não existe presente maior do que o sorriso da criança ou do ancião ao receber uma palavra de carinho, mesmo que seja só em época de Natal. Eu presenciei isto, embora a minha presença seja passiva, ninguém nota um grilo solitário observando a festa. É claro que a ajuda ao próximo deveria ser durante todo o ano, mas é sempre bom começar a exercer o sentimento da solidariedade.
Este é um sentimento que mais admiro nos humanos. É uma pena que nem todos pratiquem...
Nesta época de Natal, a esperança de um mundo melhor renasce, pois a “onda de solidariedade” encontra respaldo no coração da maioria das pessoas. Acredito que todas as pessoas sentem esse sentimento fraterno aflorado em seus corações. Até eu, que não sou humano, me sinto tocado por este ato humanitário.
Costumo pensar que as mãos solidárias se entrelaçando, conseguirão ultrapassar os limites das fronteiras geográficas e, simbolicamente, abraçar o mundo. Neste abraço, há grandeza no gesto de repartir o pão e dividir com o que pouco tem. Foi o próprio Jesus que ensinou a repartir o pão para que não houvesse necessitados entre nós. Penso também na pomba da Paz, naquela que simboliza o sinal do perdão de Deus com a humanidade. Precisamos da Pomba da Paz para que ela ultrapasse as tormentas, o mar bravio que se instalou no coração da humanidade e com seu ramo verde mostre que ainda há esperança. Que ela consiga em seu trajeto espalhar poeira de paz e compreensão neste mundo tão conturbado e que necessita tanto de ajuda.
O Espírito de Natal realmente existe e está presente, em especial, nestes dias que antecedem o Natal. É quando a humanidade se despe de seus pecados e o homem faz as pazes com o Altíssimo e nessa relação de amor, cada gesto vem acompanhado de carinho e ternura.
Mas, o meu carinho hoje é para homenagear os voluntários e sua luta solidária. Aquelas pessoas que transformam parte de seu dia em ajuda humanitária. Pessoas de bem que encontraram o verdadeiro significado da vida na ajuda ao próximo. Já viajei muito, estive em diversas cidades e posso garantir que existem esses anjos que trabalham no anonimato com o único intuito de ajudar os semelhantes. Já conheci inúmeros deles como o pessoal que distribui sopa aos moradores de rua, os “Cantores da alegria” de Guarujá, que dedicam algumas horas a alegrar a vida dos velhinhos em asilos durante todo o ano e em especial no Natal e mais as que se dedicam a trabalhar em uma infinidade de bazares em Igrejas, Associações, escolas e na própria comunidade com objetivos filantrópicos.
 Alguns dirão que estão fazendo o que o Governo deveria fazer com as verbas públicas, que ao ajudá-los tira-se a responsabilidade dos Poderes Públicos, mas em minha opinião de Grilo, nada é mais gratificante do que receber um sorriso ou um agradecimento de quem recebe tão pouco. Posso assegurar que é presente insubstituível e quem ganha é aquele que ajuda.
Isto não tem nada haver com religião e sim com humanização, solidariedade com os semelhantes.
 Estou aqui e ali observando tudo e à medida que aproxima a data de Natal e vejo que o mundo todo se transforma. Eu sinto orgulho em ter os humanos como amigos. Já dei meu recado e vou continuar observando aqui e ali e ver se consigo ajudar alguém. Sei lá, nunca se sabe. Fui! Feliz Natal! Solidariedade já!

Dom da vida



Dom da vida
Na corrida frenética da fecundação,
Na junção de corpos e inebriar dos sentidos,
Dá-se o início da vida,
O princípio de um novo ser:
O nascimento do filho.

Um mesclar de inquietações, alegrias, dor e renúncia,
Que a elevará a grandeza dos deuses,
Ao altar das escolhidas,
À sabedoria dos profetas,
Em dissonância com sua insignificância de mortal,
Incapacidade e inoperância de tola que nada conhece.

Momento mágico... Divino!
O milagre do nascimento de uma nova mãe.

É a vida que se forma em um ventre.
Imensurável a alegria do pulsar o novo coração
Naquela que gerará o embrião.
Mudanças físicas e emocionais serão constantes,
Há necessidade de proteger e aninhar o feto
Com tanto afeto,
Mas consciente de suas limitações e fraquezas.

Mas, quando mãe...  
Desvendará o mistério da vida na biologia da espécie
E considerar-se-á apta em renúncias e concessões
Àquele que se formou de um desejo carnal
E a partir daí se fez Bendito.

E pela vida toda...
Do parto a maturidade do filho
A preocupação será sua companheira.
Esse amor preencherá as noites e os dias,
A vida inteira.
No descompasso das noites mal dormidas
E na calmaria após o simples fechar da porta.
É o que importa!

Por toda vida será julgada,
Cobrada como parâmetro de vida,
Como diretriz de conduta.
Responsabilizada pelo “não” e pelo “sim”
Dados em nome do amor.
Mesmo que se doe, se cobre
E partilhe de todos os momentos.
Não será compreendida.
Mas, será imensamente feliz.